Mosteiro Trapista: Um novo marco espiritual e turístico em Miranda do Douro

O Mosteiro Trapista de Santa Mãe da Igreja, em Palaçoulo, Miranda do Douro, foi inaugurado esta quarta-feira, após cinco anos de construção e um investimento de seis milhões de euros. Este novo complexo religioso, que segue o design clássico dos mosteiros cistercienses, com uma planta quadrada e um claustro central, localiza-se no ermo do Alarcão, a três quilómetros da aldeia de Palaçoulo.

Fundado por 10 monjas italianas da Ordem Cisterciense da Estrita Observância (Trapista) de Vitorchiano, Itália, e reforçado por três religiosas portuguesas, - uma noviça e duas postulantes -, o mosteiro acolhe uma comunidade dedicada à vida contemplativa, segundo a Regra de São Bento. Com capacidade para 40 monjas, o mosteiro oferece um refúgio de espiritualidade e oração, mas também representa uma oportunidade significativa de desenvolvimento para o nosso concelho.

A construção, apoiada pela Câmara Municipal de Miranda do Douro, que facilitou os processos burocráticos, insere-se numa área de 30 hectares, cujos terrenos foram cedidos ou adquiridos pela Paróquia de São Miguel de Palaçoulo. O empreendimento transformou a paisagem local, com novos acessos, incluindo uma estrada asfaltada, que facilita o fluxo de visitantes.

Além da sua relevância espiritual, o mosteiro também se destaca como uma nova âncora para o turismo religioso na região. Com o mosteiro em funcionamento, a antiga casa de acolhimento das monjas está agora disponível para receber turistas, reforçando o potencial da localidade como um destino de fé e contemplação.

Helena Barril, presidente da Câmara Municipal de Miranda do Douro, sublinha o impacto positivo deste projeto: “Este é um investimento enorme para o concelho, que trará um impulso tanto económico como social. Acredito que o mosteiro irá atrair um número crescente de visitantes, tanto religiosos quanto turistas, aumentando o dinamismo da nossa região.”

Com o Mosteiro Trapista de Santa Mãe da Igreja, Miranda do Douro afirma-se como um novo centro de espiritualidade em Portugal, ao mesmo tempo que reforça o seu tecido social e económico, através do turismo religioso e da ligação à tradição monástica.

Fotos: Agência Ecclesia/CB