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Gastronomia

Aqui revelam-se sabedorias seculares, usos, costumes e, sobretudo, imaginação que, as mais das vezes, nos fazem sentir o pulsar de uma vida, de uma família, de uma região…. Sabendo que muitos dos nossos visitantes vêm ao nosso Concelho com o objetivo de descobrir a nossa gastronomia, a autarquia de Miranda do Douro, apresenta esta publicação que recolhe uma relação dos pratos típicos da região.  Sustentada pelo gostinho apurado dos condimentos regionais, a gastronomia faz bom jus à sua fama: é da melhor e mais saborosa do País! Vinhos e petiscos quanto baste. Pratos típicos a espevitar as papilas gustativas. Aperitivos líquidos digestivos. Sabores intensos de origens vegetais ou animais. A carne. Os produtos hortícolas vindos das hortas familiares, as carnes autóctones. As doçarias – uma tentação. De origem árabe ou de cariz conventual. Todas elas de sabores e gostos apuradíssimos, de irresistível aspeto e cheiro, provocadores de deliciosos “pecados”. Não há restaurante que se preze que não ostente o seu prato típico o seu melhor prato. No Concelho de Miranda é sempre difícil a escolha, aqui os pratos típicos aliciam-nos e”baralham” as dietas… Quando se sentar à mesa num dos muitos restaurantes do Concelho, esquecer-se-á do relógio e render-se-á aos prazeres da gula.

Para abrir o apetite, aqui ficam alguns pratos da nossa cozinha tradicional: Posta à Mirandesa, Cordeiro assado na brasa, Bacalhau assado, … Bola Doce … tudo bem regado com o vinho da região.


Enchidos

Os enchidos, fazem parte de um saber ancestral das nossas donas de casa, puro e genuíno, incomparável na mestria e no cuidado com que preparavam os enchidos regionais que ao longo do ano faziam as delícias dos convidados em dias nomeados. Soubemos preservá-lo e trazê-lo até aos nossos dias.
O fumeiro dispensa apresentações, até porque seria impossível reproduzir fielmente através das palavras, tão nobre sabor, apenas conseguido com os saberes transmitidos ao longo dos tempos e com a elevada qualidade das matérias primas utilizadas na sua confeção.
Resta-nos convidar-vos a desfrutar das variedades gastronómicas, culturais e recreativas que este Concelho tem para vos oferecer.

No fim-de-semana de Carnaval, Miranda do Douro coloca à disposição dos seus visitantes aquilo que de mais tradicional possui, no Festival de Sabores Mirandeses. Temos artesãos com trabalhos genuinamente do concelho e paralelamente encontram-se os postos de vendas de produtos regionais geralmente ligados ao porco. Este fumeiro distingue-se do de outras regiões desde logo porque aquando dos temperos em vez de vinho como se faz em muitos locais, é usada água.

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Alheira

Por definição, a alheira é um enchido típico da culinária portuguesa cujos principais ingredientes podem ser carne de aves, pão, azeite, banha, alho e colorau.
Nota: Diz a tradição que as alheiras se devem começar a preparar de manhã cedo, para que todo o trabalho possa ser feito no espaço do dia. O pão por ser muito compacto, deve-se colocar num alguidar, espaçadamente, e não em camadas. Dependendo do gosto, pode pôr-se um pouco mais de azeite, visto serem feitas com carnes pouco gordas.
É característico, em Trás-os-Montes, apresentá-las com batata cozida, cortada ao meio sobre o comprimento e grelos cozidos. Há também quem goste de cortar as batatas cozidas em rodelas e alourá-las na gordura que as alheiras largam, ao fritar ou assar. Para evitar que as alheiras rebentem ao fritar ou assar, há quem as pique com uma agulha.

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Bola Doce Mirandesa

A Bola Doce é um ex-libris de Miranda do Douro que, durante alguns anos, esteve ausente das mesas pascais dos Mirandeses mas que com o reavivar da memória e das tradições voltou a aparecer e assumiu um êxito estrondoso. Não se sabe muito sobre quem teria inventado este doce, mas os mais antigos dizem que amassavam o pão à mão e, depois, no estrado do forno comunitário (a lenha), separavam um pouco de massa, juntavam mais alguns ingredientes e faziam a bola doce.
Este doce típico de Miranda do Douro, é confecionado com farinha de trigo, fermento padeiro, manteiga, açúcar branco e amarelo, ovos, azeite, água e canela.
Como manda a tradição, esta iguaria de qualidade é apreciada na época da Páscoa, especialmente no Domingo de Páscoa e Segunda - Feira de Folar, pelos Mirandeses e por todos os que nos visitam nesta quadra festiva.
É tradição na Segunda-feira a seguir à Páscoa, as famílias irem para o campo comer o Folar, a Bola Doce os bolos secos e o Cordeiro assado na brasa.

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Posta Mirandesa

A posta de carne mirandesa é uma receita de excelência da cozinha tradicional transmontada. A receita teve origem nas feiras de gado, sendo inicialmente temperada com sal grosso lançado sobre os nacos de carne, dispostos numa grelha bem quente.
A carne de vitela de raça Mirandesa é um produto que obedece aos mais elevados padrões de qualidade no seu processo de produção, podendo considerar-se um produto de específico valor biológico.
Para garantir a qualidade da Carne Mirandesa, é exercido um rigoroso controlo sobre todo o processo de produção.
A alimentação dos animais é determinante para a qualidade da sua carne. Os vitelos de raça mirandesa são alimentados exclusivamente à base de produtos naturais, como o leite materno, suplementados com cereais, pastagens e forragens produzidas na própria exploração, sem utilização de fertilizantes químicos.

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Cordeiro de Raça Churra Galega Mirandesa - DOP

Designa-se por Cordeiro Mirandês ou Canhono Mirandês a carne proveniente do abate de ovinos de ambos os sexos da raça Churra Galega Mirandesa, até aos quatro meses de idade, nascidos e criados num sistema de exploração extensivo tradicional na área geográfica adiante delimitada, com peso de carcaça entre 4,0 Kg e 12,0 Kg.
A carne tem uma cor rosada, extremamente tenra, suculenta e muito saborosa, com aspeto pouco marmoreado de músculo e gordura. O músculo é bastante suculento e macio, a gordura é branca, consistente, não exsudativa e com uma textura macia.
A resistência ao corte é maior com o aumento do peso da carcaça, o que reflete um incremento da dureza da carne, devido à elevação da concentração de colagénio e da diminuição da solubilidade da carne.
Todo o processo de produção do Cordeiro Mirandês ou Canhono Mirandês efetuado é sujeito a um sistema de controlo efetuado pelos técnicos da ACOM e onde é observado o cumprimento do Caderno de Especificações do Cordeiro Mirandês ou Canhono Mirandês DOP que define o produto e as suas regras de produção.
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