Os primeiros bispos de Miranda tiveram de habitar no Castelo. Só em 1601 se inicia a construção do Paço Episcopal e do Seminário. Quando ficou pronto, mais de um século depois, a sua opulência não era inferior à da Sé, cujo estilo, renascentista, imitou. O Paço desenvolvia-se em torno de um pátio central, cingido por um claustro em arcaria rebaixada, sobre colunas monolíticas. E, embora muito abalado por incêndios sucessivos, durante os sécs. XVII e XVIII, foi a transferência definitiva da sede da Diocese para Bragança, em 1780, que o fez entrar em ruína acelerada. A sombra da sua monumentalidade projeta-se hoje ainda no claustro e no pórtico do Seminário. Mas, não obstante o estado de ruína, o seu poder simbólico mantém-se porque os bispos continuaram sempre a gravar o seu nome no respetivo memorial, à entrada do pórtico renascentista do primeiro Paço Episcopal da Diocese.