Castros
Os castros são a forma de habitat característica dos povos pré-romanos do centro e noroeste da Península Ibérica. São povoados de altura, constituídos por um ou vários recintos amuralhados, com distintos tipos de implantação topográfica, muitas vezes relacionados com cursos de água: no cume, ladeira, esporão, meandro, entre outros, dominando estrategicamente o território envolvente e os caminhos naturais.
A denominação castro pode ser usada para diversos povoados de distintas cronologias, contudo esta designação generalizou-se para os da Idade do Ferro e os mesmos podem ter o nome de castelo, crasto ou cristelo.
As muralhas construídas com pedras de granito ou xisto consoante o material da região, podiam ter várias portas, estando a principal na zona de acesso mais fácil, defendida por bastiões, como ocorre na zona galaica, acrescidos de campos de pedras fincadas que impediam os ataques de surpresa do inimigo, como acontece na zona da Meseta. O povoado organizava-se de forma rudimentar em volta de algumas ruas principais, sempre condicionado pela topografia. Na área galaica, as casas eram circulares com paredes de pedra; na Meseta eram quadrangulares apenas com os embasamentos em pedra, erguendo-se as paredes e coberturas com elementos vegetais, numa técnica construtiva que ainda hoje perdura nas cabanas dos pastores.
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Castro de Cigaduenha
O Castro da Cigaduenha localiza-se a 680m de altitude, numa plataforma natural sobre o rio Douro, que rodeia o castro pelos seus lados este e sul, com uma abrupta e impressionante arriba que proporciona a sua melhor defesa, tem uma extensão aproximada de 10ha. Recinto fortificado constituído por uma potente muralha e a NE por um campo de pedras fincadas. A zona mais fácil de acesso é o lado norte constituído por uma grande plataforma que se prolonga para o planalto. O lado sul e este é a zona de mais fácil acesso, senão mesmo impossível, devido ao acentuado declive das encostas do Douro e de um afluente. Nesta zona a plataforma tem enormes afloramentos individualizados, de formas arredondadas, muito peculiares que individualizados, de formas arredondadas, muito peculiares, originaram um topónimo do sítio – tetinas. Apesar de ser considerado um povoado fortificado da I. do Ferro, poucos vestígios materiais foram encontrados, alguns fragmentos de olaria de fabrico manual atípicos.
A falta de escavações arqueológicas não permite conhecer a estrutura interna do povoado.
Intervenções: Trabalhos de limpeza dos cerrados biombos de azinhal que escondiam estruturas defensivas dos castros. Ações genéricas e específicas de promoção e difusão. Incorporação na rota dos castros.
ALVES, Francisco Manuel, Chaves. Apontamentos arqueológicos. Chaves, Câmara Municipal de Chaves, 1931, p. 56.
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http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/ -
Castro de São João das Arribas
O Castro S. João das Arribas é um sítio arqueológico classificado como Monumento Nacional em 1910 (Castro de Aldeia Nova – M.N. Dec. de 16.06.1910). A ocupação deste povoado fortificado aparente iniciar-se durante a Iª Idade do Ferro (século VIIIº a Vº a. C.). Todavia, poderia existir uma presença antrópica anterior a este momento, uma vez que existe espólio proveniente deste sítio do início da Idade do Bronze no Museu Nacional de Arqueologia (COD_MNAE 0257). No início do século Iº da nossa Era o castro, tal como a maioria deste tipo de povoado, sofre um processo de romanização.
O castro S. João das Arribas insere-se numa paisagem caraterística que envolve terrenos montanhosos e as encostas acidentadas do Rio Douro, denominadas Arribas do Douro, mas a paisagem é dominada por um vasto planalto, o planalto mirandês.
O castro S. João das Arribas é um local único quer em termos paisagísticos quer em termos histórico-arqueológico construídos. Já Francisco Sande Lemos (LEMOS, 1993) e Domingos Marcos (MARCOS, 1998) o assinalam nas suas obras como local de importância histórica considerável no Nordeste peninsular. O acesso ao Castro S. João das Arribas faz-se por um estradão em terra batida desde Aldeia Nova. Situa-se em meio rural, implantado num esporão virado a SE., a meia encosta, coberto de vegetação rasteira e árvores de pequeno porte (carrasqueira, freixo, carvalho, amendoeira, oliveira, tomilho e escova), sobranceiro ao Rio Douro.
No website dos monumentos nacionais, o castro é assim descrito:
“Este povoado era defendido por duas linhas de muralhas, construídas com silhares graníticos, partidos, assentes em seco, em aparelho irregular; possuem uma espessura máxima de c. de 2,5 m, e defendem o povoado de N. a SO., flanco em que o povoado está ligado à encosta, não apresentando estruturas defensivas no sector SE., sendo estas constituídas pelas arribas, de forte pendor, sobre o Rio Douro. A muralha interna está reforçada, a NE. por um torreão de planta circular, apresentando, nesta zona, uma rampa de entrada. O sistema defensivo é complementado por uma linha defensiva, a SO., assim como poderá ter existido um fosso exterior, atualmente entulhado pelo caminho de acesso à capela”(http://www.monumentos.pt, consultado a 20 de Janeiro de 2010).
No website do IGESPAR, o local surge assim referenciado:
“Foi na sequência dos esforços envidados pela Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos Portuguezes, primeiro, e da Commissão dos Monumentos Nacionaes e do Conselho Superior de Monumentos Nacionaes, suas criações, num segundo momento, que o "Castro de Aldeia Nova" foi identificado no âmbito de um largo processo de inventariação das, então, denominadas riquezas artisticas e archeologicas do país, da responsabilidade dos respectivos "sócios" e "vogais" correspondentes, numa altura em que se tomava plena consciência da sua relevância, não apenas para a sua perpetuação física, como para o desenvolvimento económico de cada região e localidade, através do incremento turístico, na sua vertente iminentemente cultural. E tal como sucedeu a muitos outros exemplares, quer desta tipologia patrimonial, quer de outros enquadrados nas restantes categorias Civil, Religiosa e Militar, este povoado mereceu a atenção devida dos especialistas da época, ao ser incluído na primeira grande lista de classificações decretada em 1910, a única forma que parecia garantir a sua preservação efectiva. Mas este episódio revelava de igual modo o lugar que os estudos arqueológicos iam paulatinamente auferindo entre nós, ainda que de modo assaz tardio e pontual, quando comparado ao principal cenário cultural europeu neste parâmetro. Localizado numa meia encosta de um esporão sobranceiro ao Rio Douro, o povoado foi erguido durante a Idade do Ferro, à semelhança do que sucede com os restantes exemplares inseridos no conceito generalizado de "cultura castreja" do Noroeste peninsular. E tal como ocorre nestes testemunhos, o sítio foi dotado de um sistema defensivo, essencialmente constituído, neste caso, por duas linhas de muralha construídas com silhares graníticos, irregularmente aparelhados e assentes em seco, ostentando uma espessura máxima de dois metros e meio, aproveitando, no entanto, as condições naturais de defesa presentes no local, nomeadamente através das arribas aí existentes. Além disso, o muralhado foi ainda reforçado com a edificação de um torreão de planta circular, junto ao qual foi identificada uma zona de acesso ao interior, originalmente efectuada mediante uma rampa. Transpondo-a, acedia-se à zona habitacional, delimitada pela cinta interna de muralha. Também neste povoado emergem vestígios de uma segunda fase ocupacional, correspondente ao período de ocupação romana do actual território português, bem documentada na presença de inúmeros fragmentos de materiais de construção, como tegulae e imbrices, a atestar, no fundo, o carácter de longa permanência das estruturas então erigidas, ao mesmo tempo que a importância estratégica do local, não apenas em termos defensivos e, por conseguinte, administrativos, como, ainda, ao nível dos recursos cinegéticos, fortemente propiciados pela proximidade do rio Douro, uma das principais vias de comunicação com as regiões circunvizinhas e recurso privilegiado do quotidiano das gentes que o escolheram ao longo dos séculos, senão mesmo milénios. Uma situação que poderá ser mais facilmente compreendida com a descoberta, no sítio, de uma lápide datável do século I d. C., de carácter honorífico, dedicado a um militar de origem indígena, daaemilio bal/aeso signifero a(l)ae as/binina(e) cogn/atio de cen(turia), a par de um número considerável de estelas funerárias romanas, onde os nomes autóctones evidenciam uma forte latinização. A importância factual e simbólica do local não se circunscreveu, porém, à romanização. Pelo contrário, ocorreu durante a modernidade (e não medievalidade, como acontece noutros casos), numa tentativa de (re)apropriação das memórias que o povoavam, ao mesmo tempo que de sobreposição dos novos poderes através da força espiritual do Cristianismo, uma das razões pelas quais se ergueu a Capela de S. João das Arribas, precisamente no interior do povoado, sobre plataforma artificial” (http://www.igespar.pt, consultado a 22 de janeiro de 2010).
Este castro insere-se na arquitetura residencial e militar de época proto-histórica. Todas as construções empregam como matéria-prima a pedra granítica, abundante na região.
Neste local, e em redor, foram identificados os seguintes vestígios arqueológicos: fragmentos de cerâmica de construção "tegula" e "imbrex"; epígrafes em granito, calcário e mármore, fragmentos de cerâmicas comuns de diversas épocas; um conjunto de estelas funerárias romanas, com cabeceira semicircular, decoradas com suásticas ou com "portadas", cuja inscrição evidencia a adopção, por parte dos indígenas, de nomes e cognomes latinos.
As lápides que se seguem foram e descobertas em Aldeia Nova e encontram-se depositadas no Museu Abade de Baçal em Bragança.Lápide funerária. (ALVES, Francisco Manuel (2000), Memórias Arqueológicas-Históricas do Distrito de Bragança, Câmara Municipal de Bragança, Instituto Português de Museus – Museu Abade de Baçal. Tomo IX, pp. 31.)
Lápide identificada em Aldeia Nova, próxima da capela de S. João. Lápide discoide, funerária dupla, encimada por suástica de seis raios. O tipo de pedra empregue foi o mármore. Altura 0,45m; largura 0,46m; espessura 0,5 m; corpo das letras 0,3 m.
Na segunda linha falta a primeira letra, idem, idem, na terceira. Na quarta linha faltam algumas letras finais. Na segunda plana verifica-se a mesma situação.
Segundo o Abade de Baçal, esta lápide diz: D(iis) M(anibus) Lucio Paterno q (ui) vi (xit) t… ou seja: aos Deuses Manos e a Lucio Paterno que viveu… A segunda plana não é legível para o mesmo autor .
Atualmente, existe uma réplica de um monumento honorífico na entrada do castro (o original acha-se no Museu Abade de Baçal, em Bragança). Esta lápide funerária encontrava-se na parede Oeste da capela S. João das Arribas e é dedicada a um cavaleiro, indígena, da Ala Sabininia Aemilio Balaeso, sendo, provavelmente, uma lápide datável de finais do séc. I-º d.C.Lápide funerária. (ALVES, Francisco Manuel (2000), Memórias Arqueológicas-Históricas do Distrito de Bragança, Câmara Municipal de Bragança, Instituto Português de Museus – Museu Abade de Baçal. Tomo IX, pp. 32.)
“A Emílio Baleso, porta-estandarte da ala Sabiniana. A cognatio dos Des(---) decidiu.” (REDENTOR: 2012-2013)
Quem foi Aemilius Balaesus? Porta-estandarte de uma unidade auxiliar de cavalaria (Ala Primae Pannoniorum Sabiniana) do exército romano; unidade criada durante o reinado de Tibério (entre 14 e 37 d.C.) e estacionada em Haltonchester, na Muralha de Adriano (Britannia) até à retirada de Roma e que serve ao lado da Primae Hispanorum Asturum. A ala esteve estacionada na Germania e Mauritânia e pode ter passado pela Hispânia. Será que Aemilius Balaesus foi sepultado no seio da comunidade de onde seria originário? (REDENTOR: 2012-2013)
O Abade de Baçal, aquando da abordagem do tema das mouras e dos tesouros encantados refere a existência de tesouros na capela de S. João, ruínas de habitações e a pegada da Nossa Senhora esculpida numa fraga perto da referida capela. (TOMO IX, p.495). No que respeita à pegada de Nossa Senhora, existem lendas que divergem. Uma das lendas mencionadas é a de que a pegada pertence a um castelhano que retrocedeu a uma invasão e saque da Aldeia Nova em consequência do voto feito pelos moradores às Almas do Purgatório, nas guerras de 1710 (ALVES, 2000: Tomo IX, pp.611).No que concerne à capela de S. João das Arribas desconhece-se a data da sua fundação, mas a barreira cronológica situa-se entre o século XVI e princípios do XVIII.
Esta capela foi erguida sobre uma plataforma artificial e segundo fontes orais da aldeia (Senhores Esmeraldino Fernandes e João Pedro Luís), existia um muro espesso entre a capela e o muro localizado a Este, erguido à cerca de 60 anos, reutilizando as pedras graníticas do castro e, uma das quais de grandes dimensões, com uma cova arredondada de grande dimensão (utilizada em ritual? Possível fossete?).
No website dos monumentos nacionais, a capela é assim descrita: “Esta, dedicada a São João, tem planta longitudinal, de corpo único rectangular e massa simples com cobertura em telhado de duas águas. Fachadas rebocadas e caiadas. Fachada principal, virada a S., terminada em empena truncada por cruz latina sobre pedestal prismático, com portal de arco de volta perfeita. Fachada E. rasgada por pequeno janelo rectangular. Fachadas N. e O. Cegas “ (http://www.monumentos.pt, consultado em 20 de janeiro de 2010). O dia principal de comemoração litúrgica da Capela de S. João das Arribas, S. João Evangelista é dia 6 de maio, mas se este dia não coincide com um Domingo, a festa realiza-se sempre no Domingo a seguir. Na segunda metade do Século XIX, esta capela foi reconstruída. No altar denota-se a existência de frescos anteriores aos atuais.
Na área do castro, situa-se uma casa que serviu de esconderijo e refúgio para o contrabando realizado nos anos da ditadura salazarista na zona raiana assim, como os chibiteros, estruturas importantes para os pastores no que concerne à guarda das ovelhas prenhas e suas crias.Parede cada com o ocal onde se guardava o contrabando e interior do buraco onde este era escondido.Chibitero.
Na área Sudeste, observa-se um palimpsesto de edificados desde a fase construtiva da muralha culminando no século passado com a construção de um muro de suporte de terras para implantação do caminho de acesso à Capela. Nesta zona existiria o fosso, que poderá, todavia, estar parcialmente conservado.
Em 2010 (SALGADO, 2010), foi realizada uma sondagem arqueológica onde foi possível aferir a existência de um piso antigo, piso inicial da capela; várias sepulturas construídas com recurso a lajes; a vala de fundação da capela que corta as sepulturas medievais/modernas; e duas paredes cortadas também pelas sepulturas. Estas duas paredes são as evidências mais antigas encontradas neste castro, datável pelo menos de época romana, devido aos elementos cerâmicos associados.
Levantamento final da Sondagem realizada na Capela S. João das Arribas.
Em 2016, inicia-se no local um Projeto de Investigação Plurianual em Arqueologia, em parceria com a Câmara Municipal de Miranda do Douro, a Junta de Freguesia de Miranda do Douro e a PALOMBAR – Associação de Conservação da Natureza e do Património Rural. Até ao momento, foram realizadas duas campanhas de escavação, que permitiu aferir uma ocupação pré-histórica, proto-histórica e romana alto-imperial muito ténue, expressa como que em “ruídos de fundo”, com materiais dispersos, sem vestígios estruturais; uma ocupação romana baixo-imperial (séculos III-IV), com vestígios estruturais - um possível lagar de vinho e zonas de habitação; e uma ocupação alti-medieval (séculos IV-X), na qual se verifica a reutilização de estruturas para armazenamento de cereal e exumação de um silo para armazenamento de cereal.
Intervenções: Trabalhos de limpeza dos cerrados biombos de azinhal que escondiam as estruturas defensivas dos castros. Recuperação dos caminhos de acesso. Levantamento topográfico. Ações genéricas e específicas de promoção e difusão. Incorporação na rota dos castros. Escavações arqueológicas.
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VAZ, Ernesto Albino, Miranda do Douro - Guia do Concelho. Câmara Municipal de Miranda do Douro. Miranda do Douro, 2009. -
Castro de Vale de Águia
O castro de Vale de Água ou Castrilhouço localiza-se num topo de um esporão, a 680 m de altitude, sobranceiro ao rio Douro e foi classificado como "Imóvel de Interesse Público", em 1984 (Decreto: Desp. De Junho de 1984). Trata-se de um povoado edificado durante a Idade do Ferro e apresenta um sistema defensivo constituído por uma única linha muralha de pedras de granito (até ao momento), reforçada por dois torreões circulares e pelas condições naturais de defesa proporcionadas pelas escarpas do rio Douro, que circundam o povoado. Existia um campo de pedras fincadas, destruído no século XX, arrasado por meios mecânicos. No interior não são detetados vestígios estruturais de superfície a qual abrange cerca de 1,5, ha.
Intervenções: Trabalhos de limpeza dos cerrados biombos de azinhal que escondiam as estruturas defensivas dos castros. Recuperação dos caminhos de acesso. Levantamento topográfico. Acções genéricas e específicas de promoção e difusão. Incorporação na rota dos castros.
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