Em Abril … VEM LIBERTAR UM POEMA
No âmbito das celebrações do 25 de abril, a autarquia de Miranda do Douro, desafia a população, bem como a comunidade escolar, e todos os que queiram participar na atividade em abril vem “libertar um poema”.
Os poemas devem ser enviados para o email cultura@cm-mdouro.pt, até ao dia 20 de abril. Os mesmos serão colocados na página de Facebook do município e restantes redes sociais.
Posteriormente, vão ser expostos e lidos, no dia 25 de abril, na Incubadora Cultural e Artística de Miranda do Douro.
No poema deve vir mencionado o nome, ou pseudónimo do poeta.
Poetas?! Somos nós todos!
Quem nunca escreveu um poema, de amor ou de desamor, de ânimo ou de desencanto, de luta ou de rendição?
Onde está esse poema? Com certeza guardado numa gaveta, perdido no tempo e sem tempo para respirar, para ter vida e conviver com outros poemas, também eles abandonados e esquecidos num arquivo de memórias que resistem ao tempo.
O poeta Garcia Lorca afirmou que a poesia não precisa de adeptos mas sim de afetos. Venham eles das memórias do passado ou das vivências do presente. Vamos dar razão ao poeta Gabriel Celaya quando proclamou que a poesia é uma arma carregada de futuro e vamos abrir as janelas de amanhã a esses poemas que jazem esquecidos nos jardins dos nossos sentimentos.
Vamos encontrar-nos, com poemas nas nossas mãos, na Incubadora Cultural e Artística (antiga prisão de Miranda do Douro), em tempos de celebração de Abril e da Liberdade. Vamos usar as chaves da poesia para abrir os portões de um espaço que sempre foi espaço de criatividade e de liberdade.
Venha ler-nos um dos seus poemas. E contar, se assim o quiser, a história desse poema que continua a fazer parte da sua vida. É um tempo de partilha que queremos viver consigo.
Vamos libertar um poema!
POEMAS DE AMOR
Alguém disse que não há poemas de amor mas sim apenas de desamor. Porque o amor é para viver e não deixa tempo livre para sobre ele escrevermos enquanto o estamos a viver. Seja como for, esses poemas falam do amor, são sobre o amor, esse sentimento múltiplo que é razão de ser fundamental da nossa existência.
POEMAS DE TERRA E GENTES
Vivemos em comunidade e escrevemos sobre a terra em que nascemos ou vivemos, com gente dentro, com pessoas que fazem parte da nossa vida em comunidade. Gente que admiramos e respeitamos, afinal pessoas que são, como escreveu Amadeu Ferreira, os verdadeiros, os mais autênticos monumentos destas terras.
POEMAS DE LUTA E LIBERDADE
Porque a liberdade é essência do ser humano, também cada um de nós com certeza em alguma altura escreveu versos que a exaltam e proclamam, aos mais diversos níveis, desde o sentimento individual até à dimensão coletiva. E que melhor maneira teríamos para celebrar Abril, que abriu um tempo novo de muitas liberdades a conquistar?
Que se abram as celas dos poemas encarcerados através dos quais expressamos a nossa vontade de viver amanhãs redentores de liberdade numa terra sem muros nem ameias, como canta José Afonso.