8 de março - Dia Internacional da Mulher
O Dia Internacional da Mulher é celebrado anualmente, no dia 8 de março, em mais de 100 países, data esta instituída pela Organização das Nações Unidas a partir de 1975. De referir, que em diversos países do mundo não existe o reconhecimento de igualdade de género, nem os respetivos direitos civis são respeitados.
Na nossa perspetiva, assinalar “O Dia Internacional da Mulher” é muito mais que uma data de homenagem às mulheres. Não é sinónimo de feminismo, nem tão pouco de materialismo, mas sim de civismo ativo, direitos e igualdades na sociedade, que não deve ser esquecida.
Esta efeméride teve por base os movimentos feministas e sufragistas com a manifestação das mulheres por melhores condições de vida e de direitos civis, iniciado no séc. XVIII e XIX com a Revolução Industrial e reforçada no séc. XX com a 1ª e 2ª Guerra Mundial (1914-1918) e (1943-1945).
Na génese deste reconhecimento estão diversos factos históricos e acontecimentos que perduraram por gerações e por mais de dois séculos até à atualidade, designadamente:
▪ 8 de Março 1857 - Grupo de operária têxteis de uma Fábrica de Nova York em greve e ocupar a fábrica reivindicando a redução do horário de trabalho 16 h para 10h, e avaliação do seu salário 1/3 do salário dos homens, cerca de 130 mulheres foram encerradas e queimadas vivas;
▪ 26 de fevereiro 1909 - Manifestação e marcha das Mulheres Socialistas em Nova York;
▪ 1910 – Conferência de Copenhaga – Dinamarca;
▪ 25 de março 1911 – Incêndio na Fabrica Triangle Shirtwaist em NY, no qual morreram 129 mulheres e 23 homens, devidos às más condições de trabalho.
▪ 8 março 1917 – Movimento “Pão e Paz”, o qual foi liderado por mulheres socialistas por melhores condições de trabalho e gerais e ao qual se juntaram os operários metalúrgicos e se iniciou a Revolução Russa;
▪ 1945 – Carta das Nações Unidas - 1º acordo internacional para afirmar o Princípio da Igualdade entre homens e mulheres.
É de referir, que permanecem na penumbra tantas mulheres que vivem em sociedades masculinas dominantes, às quais continuam a ser-lhe negados todos os direitos, só e apenas, por terem nascido mulheres em determinado local geográfico e regime político.
É por elas que vale a pena continuar a lutar, de forma pacifica e esclarecida para que seja cumprida uma cidadania plena.