Festas de inverno transmontanas inventariadas para candidatura a Património Mundial
19-02-2015| PORTO CANAL
A Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes e a Direção de Regional de Cultura do Norte vão efetuar o levantamento das festas de inverno na região transfronteiriça.
Após o levantamento destas tradições, que em alguns concelhos nordestinos ainda se mantêm “bem vivas”, o objetivo passa por candidatá-las a património imaterial da Unesco.
A proposta foi apresentada pelo diretor regional da Cultura do Norte no decurso de uma reunião ordinária do conselho intermunicipal, que hoje decorreu na cidade de Miranda do Douro, no distrito de Bragança.
Segundo o presidente da CIM Terras de Trás-os-Montes, Américo Pereira, o trabalho tem como propósito, o levantamento, estudo e registo das manifestações culturais imateriais da região da raia nordestina.
“Trata-se de um projeto interessante que pretende fazer o levantamento e registo dos rituais ligados ao solstício de inverno na região de fronteira, em que terá ainda a participação de entidades de Castela, em Espanha “, explicou o também autarca de Vinhais (Bragança).
“Provavelmente a CIM Terras de Trás-os-Montes será chefe de fila em todo este projeto, mas sempre em estreita colaboração com a DRCN e outros organismos ibéricos”, acrescentou.
Durante a reunião de trabalho foi ainda debatida a contratualização da Intervenção Territorial Integrada (ITI) Terras de Trás os Montes, que “está prevista no acordo de cooperação do Governo português com a Comunidade Europeia para o programa Portugal 2020″.
“Um dos aspetos importantes da estratégia de desenvolvimento da CIM Terras de Trás-os-Montes é a contratualização, com o programa 2020, de uma série de projetos para os nove concelhos que integram comunidade intermunicipal que estão identificados em todo o nosso plano de ação”, explicou.
Para Américo Pereira, é preciso dotar a região “de meios financeiros necessários” para se possam levar para a frente projeto “identificados” em setores como abastecimento de água e saneamento básico, mobilidade, aproveitamento de produtos endógenos ou uma agência de comunicação do território.