De prisão a residência para artistas

As várias celas da antiga prisão de Miranda do Douro vão ser decoradas por diferentes artistas. Em cada cela vão poder funcionar microteatros, artes plásticas, escrita, pintura e até música.

O protocolo para a cedência do espaço, que vai funcionar como uma incubadora cultural e artística, foi celebrado entre o Ministério da Justiça e a autarquia de Miranda do Douro. Já o projecto vai ser apresentado ao público esta sexta-feira.

“O espaço que albergou a antiga prisão tem uma mística própria e poderá ser um local altamente criativo, inspirador, inovador e único, que envolva não só artistas e colectividades locais, mas também de todo o país”, descreve o autarca Artur Nunes.

A ideia é tornar o espaço “inovador e centrar ali algumas dinâmicas culturais”, tornando-o “epicentro de toda a actividade”, na medida em que “cada cela da antiga prisão será valorizada, evitando a degradação de toda a estrutura”.

O novo equipamento não vai precisar de “grandes e obras” e os artistas que ali se venham a fixar têm a liberdade de decorar e arranjar os espaços.

“Sem investimento por parte da autarquia, os próprios artistas e associações culturais são convidados valorizar o espaço, a cada ciclo que ali passem”, explica o autarca.

O edifício que albergou a cadeia é antigo, contíguo ao tribunal judicial de Miranda do Douro, mas sem funções atribuídas há já vários anos, e está situado em pleno centro histórico da cidade.