No início do percurso merece destaque a zona de contacto entre granitos, migmatitos e xistos com níveis de rochas carbonatadas e básicas. A existência de ruínas de um antigo forno de cal indicia que algumas das bancadas de rochas carbonatadas, parcialmente transformadas em mármore, terão sido exploradas.
No caminho para o cais de acesso ao rio observa-se a falha de direção NE - SW, que também se vislumbra do miradouro da Penha do Puio, materializada por uma zona de esmagamento onde surgem numerosas nascentes que são exploradas através de poços com as tradicionais cegonhas.
No trajeto do Remanso em direção as Castelo e ao Barrocal do Douro surge uma morfologia granítica bem desenvolvida que permite identificar aspetos a várias escalas, desde megaformas (domos rochosos, castle -koppie e tors) a microfromas (gnamas, caneluras, blocos tafonizados, formas em chama, em pedestal e em plinto, pseudoestratificaçao e fendas poligonais).
Os domos graníticos do Barrocal, do tipo bonhardt, constituem um local com elevado valor estético, educacional e científico, representando o primeiro estádio na denudação do terreno por erosão e exposição dum corpo granítico intrusivo.
O núcleo urbano do Barrocal do Douro, edificado aquando das obras da barragem de Picote, a primeira a ser construída no Douro Internacional, constitui o único exemplo em Portugal onde se verifica a realização de uma ideia de "Cidade Moderna, Cidade Industrial".
A identidade arquitetónica deste núcleo(estalagem, capela, casas dos engenheiros), em conjunto com o aproveitamento hidroelétrico de Picote, foi alvo de homologação da classificação como Imóvel de Interesse Público em 2009.
Características do Percurso:
Percurso circular com um bom enquadramento natural e vistas deslumbrantes sobre o rio Douro, o Barrocal e a Barragem de Picote.