O Município de Miranda do Douro, acolhe nos dias 17 e 19 de maio, um "Workshop de Teatro" que faz parte do processo de criação do espetáculo "Nordeste", enquadrado na operação "Simbiose". O Festival Simbiose é uma iniciativa conjunta dos Municípios de Vinhais, Macedo de Cavaleiros e Miranda do Douro.
Apoiado pelo Programa Norte 2020, o Festival Simbiose é resultado de uma abordagem inovadora, que tem por base a coprodução e itinerância de espetáculos focados em elementos identitários de Trás-os-Montes.
Envolvendo a participação da comunidade e de grupos culturais locais, o Festival procura explorar uma relação de simbiose entre o rico património transmontano e diferentes quadrantes das artes performativas.
O Festival Simbiose mobiliza elementos culturais únicos da região (como as máscaras e caretos, os cantares e rituais, os bombos, os gaiteiros, os pauliteiros, entre outros), contribuindo para a preservação deste importante património através da sua transposição para um contexto contemporâneo.
As criações artísticas propostas consideram também uma forte relação com o policromado território transmontano, numa combinação da Terra Fria, da Terra Quente e do Planalto e das áreas protegidas de Montesinho, da Albufeira do Azibo e do Douro Internacional.
As principais criações do Festival, com as designações Nordeste e Folia, serão coproduzidas pela Circolando e pela Ondamarela, estruturas com elevada experiência e reconhecimento no universo cultural português.
O Festival inclui um conjunto diversificado de atividades a decorrer até ao mês de setembro, num trabalho de proximidade que pretende contribuir para a melhoria do acesso à cultura e para a criação de novos públicos, num território marcado pela interioridade.
"Marcamos encontro com todas as pessoas interessadas em fazer teatro. A partir de textos ou lendas do território, partimos à descoberta de imaginários possíveis através de jogos e dinâmicas de grupo. Fazemos do teatro o lugar de possibilidade."
Nuno Preto nasceu em 1981 e formou-se na Escola Artística Soares dos Reis, no curso de cerâmica. É nessa altura membro fundador do grupo de artes circenses Círculo de Fogo. Tirou o Curso de Teatro na vertente de interpretação na ESMAE. Membro fundador do Mau Artista, onde colaborou como ator, encenador e dramaturgo. Trabalha regularmente como professor convidado na ESMAE e FEUP. Desde 2011 que faz parte da companhia Teatro da Palmilha Dentada, com a qual tem vindo a realizar várias produções como ator. Nos últimos anos tem trabalhado em projectos de leitura e capacitação de territórios através de trabalhos artísticos realizados com diferentes comunidades. Com ampla experiência na área da formação, olha para o outro como uma ferramenta essencial de expressão.